31 maio, 2007

BAR DO CIÇO

Se há um bar cuja essência reflete exatamente o espírito que esta trupe tenta reunir semanalmente, o local, nas teorias medievais, seria o Bar do Ciço. É o tipo do canto em que os fregueses cativos têm até cadeira própria, com direito a personalização e o escambal. Não bastasse isso, anualmente são eleitos os Presidente e Vice-Presidente do bar, escolhidos entre seus freqüentadores assíduos, com direito a fotografia na parede, como bem reza a praxe.

O ambiente é agradável, principalmente considerando que se trata de um bar "rústico" em pleno coração da Aldeota. Normalmente não está cheio - particularmente, nunca o vi lotado, por sinal - mas possui um movimento básico. Obviamente, na maior parte do tempo não dá para "limpar a vista", até porque os habituées provavelmente votaram em Jânio para Presidente da República.

O cardápio é limitadamente razoável, com os nomes dos pratos prestando a justa homenagem aos regulares clientes, e os preços até mereceriam uma condecoração do DECON por serem tão acessíveis e nobres.

Se você é mais uma vítima das circunstâncias e acaba ficando limitado à circunscrição geopolítica da Aldeota, é uma opção deveras interessante. Não deixe de conferir!

Caia dentro:
Quando disponível, a piaba frita é uma maravilha! Vá também de tábua de frios que, servida de iguarias mais módicas, não decepciona.

Caia fora:
Se você é daquele tipo de malaca que fica no bar até o bronze do sol raiando começar a valer a pena, esqueça o local! Fecha cedo, até porque a terceira idade se recolhe cedinho...

Onde é:
Fica na esquina da Tibúrcio Cavalcante com uma ruazinha chamada Padre Quinderé. No sentido da Tibúrcio, fica um quarteirão antes do início da Padre Antônio Tomaz e um quarteirão depois da Torres Câmara. É logo ali, pertinho da antiga morada de Edilson, onde o capote nunca voou...

21 maio, 2007

HOSPÍCIO

Rapaz, eu admito: além da conversa fiada regada a álcool e alimentada por tiragostos diversos, j. da manibura também é um conhecedor do esporte bretão, sobretudo o jogado aqui nessas bandas de Alencar. Caso você seja ignorante de pai e mãe, ou pelo menos não é chegado às metáforas radiofônicas, é do futebol que estou falando.

Pois bem. Imbuídos do espírito de juntar duas das grandes paixões nacionais, o futebol e a cerveja, foi que resolvemos realizar nosso encontro semanal no Bar Hospício, devidamente localizado dentro do Estádio Municipal Presidente Vargas, o popular P.V. A data escolhida foi uma quarta-feira, e, para evitar discussóes mais acaloradas, escolhemos um jogo do simpático time da estrada de ferro, o Ferroviário Atlético Clube. O público é quase inexistente e aproveitamos a presença do pilantra Mário Quinderé, resgatado brevemente de seu ostracismo em terras cariocas.

Antes de adentrar o estádio (até mesmo porque chegamos cedo e o bilheteiro ainda não tinha chegado), tzellareudçon, eu, kleuds e mário quinderé degustamos as iguarias da pracinha defronte ao estádio. Rolou aí uma sessão de cachorros-quentes e espetinhos de carne moída, também conhecido por Cafta. A nota do cachorro-quente fica entre 0 e 1. Tudo parecia feito de papel. Já o Cafta, esse merece ser melhor avaliado. Um 6 ou 7 cai bem. Aquele negócio com uma pimenta e farofa desce que é uma beleza.

Após adentrarmos o estádio, nos dirigimos diretamente ao Hospício. Lá constatamos que o local não é nada do que imaginávamos (ou que pelo menos eu imaginava). Só havia chope, de uma marca genérica. O gosto se situava entre o horrendo e a ressaca imediata. Os tira-gostos também não animaram a moçada. Fugimos rapidamente.

Caia Dentro:

Rapaz, difícil. Se você gostar de futebol, o melhor é ficar vendo a pelada que vai estar rolando no campo, bebendo o chope dos bares que s situam embaixo das arquibancadas e degustando os demais quitutes do estádio. Se não dão um baile em limpeza, o sabor raro compensa.

Caia Fora:
O próprio bar. Fuja do Hospicio. O Benfica tem opções bem melhores. Vide outros posts.

17 maio, 2007

BA DU DÉ

Sacou? Bar do Dé, Ba-Du-Dé. Só pode ser coisa de publicitário. É o tipo de criatividade que eu queria pra escrever alguns posts. Como esse.

A birosca fica incrustada na zona nobilíssima da nossa maviosa capital. Ainda mais: nas cercanias de um cursinho e/ou faculdade particular no - para usar os termos radiofônicos-propagandísticos - "Coração da Aldeota". É, um bar desses merece palavras grandiosas.

Mas nada de novo no front, só o serveur gaiatinho Chumáquer que, quando não está descansando entre um atendimento e outro, está assustando os clientes usando a bandeja como gongo.

Boa birosca pra quem não quer ir muito longe. Preços justos, cardápio razoável. Cerveja gelada, naquele preço da área nobre.

Caia Dentro:

Os espetinhos de frango são uma surpresa. Feitos com a coxinha da asa, fazem o profissional mais arraigado tirar o chapéu.

Caia Fora:

A freqüência do estabelecimento é assinada pela galera chicleteira, iveteira e marombeira da vizinhança.

Onde é:

Indo pela avenida do inventor do avião no sentido Praia do Futuro - Centro, dobre na segunda à direita depois do cruzamento com a Frei Mansueto (a rua do lado do cursinho Interfase). Fica uns 50 metros depois.