27 fevereiro, 2007

PALADAR

Interior do Paladar - nem sinal do distinto atendente
Saca striptease? É um negócio bacana com duas partes: o strip, que é o sentido da coisa - é quando a mulher tira a roupa, pra quem não sabe -, e o tease, onde ela faz as fintas e firulas ao redor do principal. Pois é, tem birosca que é só o tease.


O Paladar é assim. Começa com a gente recebendo ótimas indicações do lugar. Pois lá comparecemos e o cardápio é realmente colorido com petiscos gordurosos e exóticos (ova de peixe, mucunzá sertanejo etc) enchendo umas tantas páginas encardidas. Jóia. Salivando, começam os pedidos. Decepção, irmãos, decepção.

Não tinha quase nada do que se oferecia no prospecto. Nada de panelada, nada de queijo na brasa, espetinho nem pensar, mucunzá só tal dia. E nessa ficamos, sem o strip. O garçom com muito esforço e pouca vontade manda pra mesa o que conseguiu garimpar do fogão: um filé com fritas, uma dobradinha e um prato de leitão trinchado.

Leitão Trinchado
Mais uma vez o porco salva o dia
Mas, verdade seja dita, o leitão se salvou com honra ao mérito. Cebola e pimentão acompanhando pedaços de leitão torrados na manteiga. Como diria Borat: high five!

A cerveja quente serviu para embalar a tópica da reunião, qual seja, a natureza do fardamento oficial da equipe Espetinho´s. Eu e Kleuds votamos em finas camisas de viscose contra Manibura e Zé que defendiam arejadas regatas de popeline. A dúvida fica pendurada para a próxima birosca.

Caida dentro:

O leitão trinchado é primeira.

Caia fora:

Do cardápio.

Onde é:

Vindo pela Treze de Maio no sentido Pici-Pontes Vieira, fica no mesmo quarteirão do Pasto & Pizza, um pouco antes.

08 fevereiro, 2007

PITOMBEIRA

(Linha do Trem por Raphael Salimena)

Fato: só eu mesmo escrevo nessa josta. Mas há um trabalho sujo e alguém tem de fazê-lo - e não será Stallone Cobra.

Então. Decidimos no EdO que iríamos essa terça pro famigerado Pitombeira, recanto da patota universitária que se sobrevive nos campi ao redor da reitoria & casas de cultura. Sim, mais um bar no genial Benfica.

Profissionais sempre alertas. Talvez!

ZéLauro (passista, puxador de samba-enredo e atual habitué da Marecha Deodoro) foi quem deu a idéia, prontamente aprovada pela meticulosa trupe de especialistas: Zé comanda a seção 'espetinhos & gordurosos', Manibura domina lingüiças e embutidos afins, Kleudson manja de mariscos, apetizers e música de câmara e eu, humilde aprendiz de malaca, fico com a responsabilidade de vos brindar com essas mal-traçadas.
Pois é. Chegamos lá pra, logo de cara, sentir - como se diz na gíria universitária - qual era a batida do estabelecimento. Austero, casual e displicente, diria se quisesse embelezar o relato. Ou precário, desorganizado e sujo, mandaria num tom mais realista. Talvez o Pitombeira se situe em algum ponto entre as duas descrições, dependendo do quanto se bebe.
Casa semi-cheia numa terça-feira, demos início aos trabalhos abrindo com uma carne de sol com macaxeira decente. Depois disso foi calabresa e espetinhos de frango e queijo. Tudo nos conformes.
No geral é uma boa birosca, com sinuca bacana e espetinhos aprovados pelo padrão Pelucio de qualidade e liposidade. A localização é muito boa e a clientela no ótimo nível dos bares do Benfas.

Caia Dentro:
Opções variadas de petiscos além dos tradicionais espetinhos, mas...
Caia Fora:
...a depender da boa vontade dos garçons, que lá pelas (nem) tantas começam a bocejar e a perguntar se o cliente tem certeza que quer pedir mais um tira-gosto.
Onde é:
Vá pela 13 de maio em direção às casas de cultura. No sinal antes daquele do cruzamento com a Av. da Universidade dobre à direita. Pegue a primeira a direita de novo. Cai em cima.
(Cuidado pra não sentar nas mesas que são do bar em frente, muito fraco)

04 fevereiro, 2007

ESPETINHO DE OURO

Não é que a gente seja especializado em lugares que vendam espetinhos, mas é prazer nosso freqüentar bodegas que sirvam esse quitute decentemente.

O Espetinho de Ouro, como o nome entrega, é especializado em carne enfiada num pedacinho de madeira. O leitor pode pensar que não há nada demais nisso, que é coisa simples. Aí é que o leitor se engana: há espetinhos e espetinhos. Senão vejamos.

Começa com a apresentação do negócio. Lá no EdO, vem servido num prato (até limpo) acompanhado de uma - mais que clássica - salada de batata & maionese. Mais: porção de farofa torrada, um tipo de molho de cebola e um muy rico vinagrete condimentado.

A surpresa é o espetinho de queijo. Este comensal que vos escreve não é lá muito amigo dos laticínios, mas tem de admitir que o coalho na brasa de lá é classe A. O queijo é fresco (range sim), torrado na medida.

Na terça que fomos, a ambiência musical foi feita por um praticante de órgão de igreja no vizinho de trás (Seminário da Prainha), tocando o top 10 de músicas funestas non-stop. Sinistro.

Ah, a cerveja é gelada sim.

Caida dentro:
Espetinhos variados: carne de gado e porco, frango, coração de galináceo e queijo. O preço pode assustar o sovina. O espeto de frango, por exemplo, custa R$ 3,90. Mas vale.

Caia fora:
O espetinho de carne é o mais fraquinho de todos.

Onde é:
Bem atrás do Seminário da Prainha. Pegue a Monsenhor Tabosa no começo e dobre na primeira à direita. Fica logo no primeiro quarteirão, lado esquerdo.